terça-feira, 29 de junho de 2010

PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL!

Que têm toda a razão. Que eu não ganho jeito. Os senhores coitados a virem aqui ver se há alguma novidade e nada. Onde andará aquela desta vez? Que desculpa irá dar? Uma desculpa só não terei, mas muitas, daquelas coisas miudinhas, chatas, como aturar pessoas convencidas da sua importância e que pedem conselhos , mas depois dizem logo que não temos razão, e aquelas que nos querem convencer que podíamos ter mais cartões de crédito que isso resolveria todas as nossas aflições  económico-financeiras, e aquelas que dizem que eu não posso comprar o apartamento porque gasto muito dinheiro com as unhas de gel, e aquelas que me aconselham a tirar uma licenciatura relâmpago numa dessas universidades muito simpáticas que a gente nem precisa de queimar as pestanas, e outras que me querem vender um alarme para pôr na marquise e que custa tanto como a marquise toda e o que lá tem dentro, e o meu patrão que não se cala com a flexibilidade e que quem não está bem muda-se e que tomara ele mudar os carrões da família toda quanto mais aumentar-me em um e meio por cento, e os que dizem que este país precisa é de quem trabalhe que calões há muitos e são sempre os calões que dizem isto, e aqueles que dizem que o que nos vale é o campeonato que nos põe o patriotismo em cima e o hino e a bandeira e as vuvuzelas e o senhor Queirós que tem muito charme e os glúteos do Ronaldo e agora já toda a gente sabe onde fica a África do Sul e ainda bem  que tempos houve em que só os senhores dos diamantes sabiam, e eu já nem sei como é que comecei com esta conversa de empata, mas que aqui há muita sociologia dos povos emergentes e análise psico-dramática das relações interpessoais isso, eu não me chame Tela, se os senhores numa leitura atenta e demorada não vão conseguir encontrar.

Então até à próxima.   

POR-TU-GAL! POR-TU-GAL!

Se não perceberem o que diz na foto, não se acanhem, perguntem. Agora não façam de conta que sabem que desses também eu ando farta. Mau feitio eu? Ora a gente ouve cada uma! Beijinhos, beijinhos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A conjuntura obriga

Será isto a PARIETÁRIA? Duvido...


Ora, tendo na devida conta o número de comentadores do post anterior, a conjuntura obriga a que eu  faça uma cuidada ponderação, quiçá uma profunda introspecção, que possam ser conducentes a uma análise fundamentada e totalmente independente sobre os motivos que estão na génese do decréscimo acentuado, em termos percentuais e em média ponderada, na ordem dos quarenta e muitos por cento, tendo em conta os últimos números avançados pelas agências internacionais de comenting que tantos engulhos, engasgamentos, avanços e recuos, por vezes em simultâneo, o que é obra, justificações de previsões em alta ou em baixa, conformes com os critérios das ditas, nem sempre coincidentes, mas, o que é um tanto lamentável, para não dizer horroroso, sempre em desfavor do nosso bem amado PBP, leia-se Partido dos Bloguistas Portugueses
Bom, parece que exagerei no tamanho do período, gramaticalmente falando. Eu própria, ao relê-lo, tive de fazer respirações adicionais, diga-se em abono da verdade, algumas vezes totalmente fora de sítio. Será alergia? Será asma? Será dos fenos, dos pólens, das gramíneas, dos ácaros, da PARIETÁRIA, essa temível planta que ninguém sabe o que é nem onde mora? Mas lá que mora, mora, segundo afirmam os senhores do boletim polínico que é coisa que, adicionalmente às tardes da dona júlia, eu nunca perco.
E hoje por aqui me fico e vou deixar por aí uns comentários de teor variado, dando notícia da continuidade deste empreendimento intelectual a que a Tela, em boa hora, se aventurou. Quem sabe se desta vez  as agências de comenting se enganam e, apesar da crise, o income de coments seja uma realidade incontestável e assaz prometedora para os previstos e adiados outputings que uma adequada task-force não seja capaz de transformar em prometedores outsourcings? Tudo depende do coaching. YEESSSS!!!!
Kisses and hugs!!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O TEMPO PASSA, NÃO É?

O tempo passa, não é? Já está mais que na altura de escrever aqui umas coisas para os meus fiéis amigos que têm sido tão pacientes com as minhas ausências. Estas últimas semanas foi uma loucura. Ele era o Papa, ele era o Benfica, ele era o PEC, ele era o Farmville, ele era o emprego, ele era a nuvem do vulcão, ele era o cano rebentado no andar de cima...uff que há ocasiões na vida em que só apetece emigrar.
Mas vamos por partes: Sua Santidade veio por aí fora, muito abaixo das poeiras, muito limpinho na fatiota branca e no belo sapatinho vermelho, abençoou tudo o que havia para abençoar, perdoou tudo o que não era para perdoar, mas nisto de políticas até um papa mete os pés pelas mãos, e quem não pecou que lhe atire a primeira pedra, isto dizia-se quando não havia alcatrão, e deram-lhe muitos beijos na mão, pelo menos uma família inteira vi eu fazer isso, e lá foi repetindo que não aceita poucas vergonhas, que isso de matrimónio é uma coisa para toda a vida e para ter muitos meninos e tudo o resto que agora se diz para aí não passa de Pre-verções, mas eu não sei bem se é assim que se escreve, mas também não vou perguntar à Licas e à Georgina e muito menos ao Gaudêncio e ao Roque que a vida é deles e eu tenho é de me preocupar com o estupor do cano que não para de pingar mesmo em cima da mesa da sala e eu até tive de lá pôr um alguidar de plástico e tirar o cãozinho de loiça branco com malhas pretas que me deu o dito-cujo.
No que concerne ao Farmville a coisa não vai mal de todo. Tenho uma boa vizinhança, as abóboras deram uma boa colheita, consegui espantar o elefante que apareceu ao pé das galinhas, já tenho muitas tábuas para o estábulo, enfim, vicissitudes de uma feicebuqueira assumida e altamente considerada no meio cibernético que me obriga a fazer constantes apegreides que assim eu os pudesse fazer nestas rugas aqui nos cantos dos olhos que eu até evito de me rir para que elas não se mostrem tão atrevidas e temporãs.
No que ao PEC diz respeito, aí é que, com licença dos senhores, a porca torce o rabo. É que, segundo debitam os especialistas, não vai ser só a cauda a ficar retorcida, vai ser uma intervenção cirúrgica de alto risco sem anestesia. O meu patrão já anda para lá a resmungar, a dizer que ainda é pouco, que assim não vamos lá, que isso de querer trabalhar e ainda por cima receber ordenado tem que acabar, que assim é que levaram o país à ruína, e mais e mais que nem me atrevo a repetir não vá dar azar e vir aí amanhã um PID-Plano de Instabilidade Desenfreada.

Ora então, beijinhos e até breve. XAAAAU!!

sábado, 24 de abril de 2010

VOLTEI!

Meus amigos, minhas amigas,

Fiquei muito comovida quando hoje fui ver os comentários a esta folhinha tão modesta. Então há pessoas que sentem a falta da minha conversa de trolaró? Nunca pensei, juro. A bem dizer, eu já não pensava voltar a escrever aqui qualquer coisa. E dizia cá para comigo: Ó Tela, chega! Já disseste as parvoíces que tinhas a dizer. Agora retira-te, mulher, e dedica-te a outra coisa.

E não é que essa coisa apareceu e me tem ocupado todo o tempinho e mais algum que invento? Não adivinham? Eu digo (com uma pontinha de orgulho). Aderi ao FACEBOOK. Pois então! Não esperavam por esta? Aquilo é uma perdição, mas tive que pôr muita coisa de lado na minha vida para poder ser um membro activo da geringonça. Tele-novelas, nem pó! Unhas de gel? Tá bem, tá...andam aqui rentinhas e anémicas que é um dor de alma. Mensagens por telemóvel, o mínimo dos mínimos. Aquilo é uma verdadeira loucura. Imaginem que já tenho 3.452 amigos. E não é só de Portugal. Até me apareceu um japonês, com retrato e tudo. E gente célebre que aceita os meus convites para ser meu amigo, sem peneiras nenhumas. Isto é amigo para cá, amigo para lá, um nunca parar de mensagens e mais pedidos de amizade e convites para festas e para pertencer a grupos muito curtidos como aquele "Pessoas que não gostam de aspiradores" o que até me deu uma vontade de rir... Recebo e mando constantemente flores lindas, beijos de muitos feitios, ursinhos de peluche e gatinhos a rir, corações de todos os tamanhos... Aquilo é um mundo, é o que vos digo, é um mundo. E nem é preciso saber escrever. Há lá muita gente que dá dois erros por palavra, em média, e ninguém critica. Pessoas compreensivas. Querem lá saber se é sabe-mos ou fizes-tes ou à duas horas... E depois posso ver o meu horóscopo todos os dias o que dá um certo conforto, confesso. E se o meu inglês fosse melhorzito até me metia numas aplicações muito giras, mas às vezes baralho-me e depois tenho medo de dar barraca. Desculpem não me demorar mais tempo hoje por aqui, mas tenho de ir apanhar as abóboras que está quase na hora. Sim, abóboras. Eu explico na próxima, tá?

domingo, 25 de outubro de 2009

Tem sido preguiça


Eu compreendo que haja gente a protestar pela minha preguiça em postar e têm toda a razão. Não pareço a mesma. Onde está a assiduidade ao Fora de Sítio que era apanágio da Dona Tela? Foi-se. É do Outono (vide foto)? É da crise? É das notícias da gripe? São férias sabáticas? Desculpas, meus caros, desculpas. Não me tem apetecido e pronto. Depois, a minha mente tem andado ocupada com transcendentais meditações e introspecções profundas, tão profundas que às vezes até me sinto esbracejar para vir à tona. Filosofias de trazer por casa, pois. Será por ter lido umas páginas de um livro chamado "Abel"? A cabecita começou às voltas e nunca mais foi a mesma. Deve ser da minha falta de hábitos de leitura tão aconselhados por quem sabe do assunto. É que qualquer semelhança entre o que diz aquele livro (e como diz) e os romances que eu já li vai uma distância maior que  a de um vulgar aspirador àquele que eu tenho cá em casa e de que já não falo há muito tempo. A propósito: a Prazeres cabeleireira pediu-mo emprestado e eu não tive como recusar que ela é um amor, e eu devo-lhe favores daqueles que nunca se pagam, quero dizer, não é com dinheiro que se pagam que eu sou de boas contas, graças a Deus. Tudo bem. Ou por outra, tudo mal. O dito-cujo deu pela marosca e azocrinou-me a cabeça: que coisas destas não se emprestam. ela que compre um que é para isso que eu cá estou. eu faço-lhe uma demonstração completa, tu sabes bem que sou perito nisso, e ainda lhe ofereço um par de facas de cozinha com estojo e tudo. Estão a ver a cena? O que eu aturei!! Mas ele que nem pense em  fazer-lhe uma demonstração. Eu devo muitos favores à Prazeres, mas não arrisco a expô-la às técnicas de marketing inovadoras do sujeitinho. Para confusões bem me bastam aquelas de que vos falei sobre dúvidas existenciais e conceitos de céu e inferno, tudo teses e antíteses e sínteses que me têm posto com cara de quem viu assombração. Mas isto há-de passar. Ou eu não me chame Tela, para vos servir.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Desculpem a ausência


Tenho andado muito ausente destas lides blogueiras, mas acreditem que penso muito nos senhores e senhoras que já devem ter perguntado: Por onde andará aquela ave? Terá ido para outras paragens com as de arribação? Nada disso. São afazeres da mudança de estação. Limpezas, arrumações, umas comprazitas, umas idas a mercados para arranjar uns trapitos curtidos e baratos, enfim, coisas muito comezinhas, mas necessárias ao bom funcionamento e estabilidade do budget doméstico. Até comprei umas aboborazitas para adorno, justamente destas que aqui mostro.
E mais? Ah já me ia a esquecer. Fui convocada para um serviço cívico. Isso mesmo! Aqui a Tela fez parte do elenco duma mesa de voto. ESCRUTINADORA, segundo a nomenclatura vigente, ponto final. Eu nem queria acreditar que se lembravam de mim para uma tarefa tão importante, mas aceitei e saí-me bem. Aquilo deu tudo certinho. Nem um voto a mais, nem a menos. E ainda deu para me divertir um bocadito. Imaginem que apareceu lá uma senhora a votar que dizia: "O BI diz "casada", mas eu já sou "divorciada". E repetia. O presidente da mesa disse depois, baixinho: "Obrigada, mas já estou servido." Se os resultados me agradaram? Isso é outra ordem de ideias. Comentários só em privado. Ainda tentaram puxar por mim quando foi a contagem, mas eu, fecho éclair. Estava ali como cidadã ao serviço da comunidade e a minha opinião não interessa nada. Claro que tenho as minhas ideias, as minhas idiossincrasias, mas guardo-as para mim e para os entes que me são mais chegados. Com o primo Zé até tive uma discussão um bocado brava. Ele veio para cá armado em vivo e tal, mas levou que contar.
E por aqui me fico. Reconheço que este post não é de grande abrangência, mas dado o circunstancionalismo do processo estruturante em curso, espero que me desculpem.

E ATÉ À PRÓXIMA SE NÃO FOR ANTES! XAUZINHO!
   

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O moinho e o burro

Passo por lá tantas vezes e só agora calhou tirar-lhe o retrato. Lhe não, lhes, ao moinho e ao burro.  Há ideias engraçadas. Parece vivo, o bicho.Não sei como lhe chamam, mas para mim é Burro, Senhor Burro, Burro Propriamente Dito e quejandos. Gostaram do "quejandos"? É assim. Há palavras que não se usam,  que são ridículas, que ficam com cara de pessoas mentalmente debilitadas. Esta é uma delas. Eu gosto de as usar e de ver o sorrisinho de escárnio nas gentes que as ouvem e que ficam com ar de pena de mim. Também gosto de dizer eflúvios e cefaleias e intermitências, mesmo que não saiba exactamente o que querem dizer. Aliás, já devem ter reparado que estas minhas crónicas de trazer por casa têm muito palavrão importante, a que eu até costumo dar destaques com bold e tamanho maior e cores berrantes, e assim... Manias, não muito condizentes com uma pessoa da minha idade. Há quem julgue até que sou uma provecta sexagenária ou uma velha professora primária com algum buço e óculos de aro de tartaruga. Vejam bem o que dá uma pessoa ser coleccionadora de vocábulos exóticos! E se eu coleccionasse borboletas ou selos dos PALOP's? Não seria também curioso? Um dia penso nisso. Até lá, vou escrevendo textos muito soltos, muito desprendidos, nada umbiguistas que, para isso, bem nos bastam os discursos de certos políticos do EU, EU, EU.
EU CÁ NÃO. O meu estilo literário é muito mais abrangente e solidário.