terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

No Carnaval nada parece mal!!


Carnaval, propriamente dito, não terá sido. Mas lá que me diverti,
isso é verdade, verdadinha. A máscara aqui ao lado é muito curtida, não é? Nem queiram saber como me ia a matar, com os meus cabelos agora vermelhuscos e os meus olhos verdes que, confesso, aqui pintei de preto, para não me toparem por aí. Onde estive? Nada demais. No Domingo, em casa de amigos muito foliões que me convidaram para almoçar, a propósito da inauguração da casa nova que, vou-lhes contar, deve ter custado uma pipa de massa. Ele é jardim, ele é piscina, ele é barbecue, ele é...o resultado de uma negociata que eu imagino, mas assobio para o lado a fingir que não dou por nada, que a Tela é, como sabem, um amor de pessoa, mas pouco dotada para avaliar das sinergias congregadas na implementação de projectos inovadores e aproveitadores da dinâmica da crise, OK?!
Prosseguindo:
A casa é muita gira, muita grande e a Tânia até merece que bem lhe basta aturar o bestunto do esposo que só fala do Benfica, de negócios e de "gajas". Perfeito, o exemplar!!
Sabem que só eu é que apareci de máscara? Pois foi. Uma bronca! O que vale é que eles acharam graça e depois o filho mais velho da Tânia apanhou a onda e até se despiu da cintura para cima e toda a gente pôde apreciar as tatuagens pavorosas que ele tem nas costas e no peito. Desde um morcego até ao nome da miúda dele tudo por ali foi desenhado. A mãe não acha muita graça, mas que é que ela há-de fazer? Aos dezoito anos que interesses pode ele ter? Leitura, pintura, música e outras actividades fatelas e abichanadas? (Isto foi o que eu ouvi ao pai estremoso...).
O almoço até estava muito bom, não fosse aquela cena das batatas encolherem tanto que, se fossem verdes, até pareciam ervilhas. E a Tânia toda preocupada: ai elas eram normais, eu juro, não sei o que aconteceu, deve ser deste forno inteligente que eu ainda não conheço bem e que tal e acham que estão duras, ai que chatice... E o esposo: quem não gostar ponha à beira do prato que era assim que me dizia a minha mãe e fez de mim um homem (!?!)
Espero que também se tenham divertido. E peço desculpa a todos por não vos ter visitado mais, mas eu prometo voltar assim que tiver mais tempo. Muito agradecida.

19 comentários:

Alien8 disse...

Pela minha parte está desculpada, só por esta "descrição" e/ou pela frase a negrito.
Quando disse que prometia ser apenas uma vez, referia-me ao tamanho dos comentários, não ao número de visitas.

Este já é mais pequenito.
Boa semana.

Graça Pires disse...

Gosto mesmo de passar por aqui porque você minha amiga, é mesmo uma pessoa que diverte, a mim, pelo menos. Obrigada.

Sei que está a brincar quando diz que não sabe quem é a Dulcineia, mas mesmo assim esclareço. Estes poemas fazem parte de um livro meu chamado "Uma extensa mancha de sonhos", que são as memórias que Dulcineia escreveu quando soube da morte de D. Quixote que a amava (embora em miragem como sabe).
Beijos

Justine disse...

Que "ganda" máscara, esse senhor dono da casa! Boas maneiras, conversa interessante, o retrato chapado de muitos donos de belas casas que a gente vai encontrando por aí...
Acredito que, com tal companhia, a Dona Tela se tenha divertido à grande:))
Uma boa Quaresma!

mena maya disse...

Gosto de saber que se divertiu no carnaval embora deva ter sido mais difícil "digerir" a estupidez natural do dono da casa, do que as batatas mirradas!

Se ao menos no caso dele fosse só uma máscara, estava a sua amiga cheia de sorte!

Ainda bem que a Dona Tela tinha a sua, pois de outra forma ter-lhe-ia sido muito difícil disfarçar o ar de repulsa que lhe adivinho...

Um abraço

Anônimo disse...

D. Tela:
Sempre ouvi dizer que quem desdenha, quer comprar...
E, sendo a Dona uma mulher tão práfrentex, estou a imaginar que mais dia menos dia aparece com uma borboleta ou um caracol tatuado no seu ombro... É sexy até dizer chega!!! o cabelo ruivo a esvoaçar e a mostrar, salteado, o animal tatuado... Já antevejo as invejas que vai despertar nas suas amigas...
Adia

Maria disse...

Olá dona Tela

Fico satisfeita por saber que a senhora se divertiu nestes dias acho é que o anfitrião podia ser um pouco mais educado afinal a mãe dele não parece ter acertado na educação que lhe deu sim essa a da beira do prato ufa que estou cansada de escrever sem respirar.

Boa noite

Conversa Inútil de Roderick disse...

Bem!!!! Com um marido desses a tua amiga está bem servida! Vai lá vai!!!!

São disse...

Divertiu-se? que bom!
Fique bem.

Rosa dos Ventos disse...

Eu ontem não me diverti grande coisa, mas o teu texto de hoje animou-me um pouco! :-))

Abraço, Dona Tela

Manuel Veiga disse...

a batata virou ervilha? meu Deus, dona Tela! esse "fogão inteligente" é uma maravilha!!!...

a sua amiga não poderá meter lá o marido e o filho?

por mim,(como por certo já deu por conta) as prioridades seriam outras...

beijos

WOLKENGEDANKEN disse...

Ainda bem que se divirtiu apessar de tao simpatica companhia

" a implementação de projectos inovadores e aproveitadores da dinâmica da crise," em traducao quer dizer que se comprou a casa a um preco criminososamente baixo a alguem que nao tinha mais solucao que vender ?? ou entao que a construccao fei feita a base de dinheiro poupado nos ordenados escandalosament baixos de empregados que nao se atreviam a protestar porque tinham medo de serem despedidos e de nao encontrar outro trabalho? ou ? ou ? ou ?

cumprimentos dona Tela que gosto muito do seu blog :))

Rui disse...

Ainda não tirei a máscara. Carnaval é sempre que um gajo quiser.

jorge esteves disse...

Por acaso os amigos foliões não são os tios daquele senhor que... bom, não interessa: gozou, não gozou? Ainda bem!...
Oxalá que haja mais p'ó ano!...


abraços!

poetaeusou . . . disse...

*
e jálávai,
,
conchinhas,
,
*

Arábica disse...

Telinha, que máscara tão mal aproveitada em casa de amiguitos desses! Uma máscara assim perfeita requeria os canais de Veneza, a Luz da gôndola e a voz do gondoleiro, romanticamente a cantar - lhe, quase, quase ao ouvido:

Ser Benfiquista
É ter na alma a chama imensa
Que nos conquista
E leva à palma a luz intensa
Do sol que lá no céu
Risonho vem beijar
Com orgulho muito seu
As camisolas berrantes
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.


Quem sabe, assim, com a magia do momento, as ervilhas voltassem a ser batatas???


:) beijinhos e malaguetas!

Anônimo disse...

Cherrie


depois do fracassado baile de máscaras de domingo passado, decidi pedir o divórcio ao Antunes.

Este teu escrito iluminou-me, a nossa relação, este longo casamento de 30 anos, não passava de uma batata mirrada pelo tempo, enegrecida pela sua desconcertante falta de educação e de verniz, mesmo nas situações mais simples.

Ele que fique com a casa, com o carro, com o forno e com o filho, que a bem dizer já está criado, para o melhor e para o pior.


Estou a atravessar as ruas da amargura como deves calcular, com a minha velha mala de cartão e o meu vison já tão puído, mas sigo de nariz arrebitado na esperança de um novo dia com umas novas batatas e com um mesmo que velho forno, que não me deixe ficar mal.

Amanhã, se Deus quiser, chego aí, à tua casinha, onde sei, cherrie, tenho um ombro amigo à minha espera.

Desculpa avisar-te por este meio, mas o telemóvel, ficou também com o Antunes e a única hipotese foi contactar-te deste cyber.

Até amanhã e vai fervendo a água para o nosso cházinho reconfortante. Pode ser de menta.


Tua amiga, Tânia

M. disse...

... E o pior é que estamos sempre a tropeçar nestes palhaços a tempo inteiro...

JC disse...

Há muita gente no carnaval que aproveita para mostrar aquilo que realmente é, á que durante o ano não é capaz, nem tem coragem para o fazer.
Beijinhos

mariam [Maria Martins] disse...

Dona Tela,

fantástico!!! rs
ainda hibernante, passei para desejar que tenha um dia (que 'dizem' ser da Mulher!) muito Feliz! seguido de muitos outros não menos fantásticos!

deixo um abraço, o sorriso de sempre e saudades!
mariam