Não é todos os dias que
na minha varanda poisa sem eu descobrir porque
uma gaivota mari-
nha toda branca e cinzenti-
nha onde o meu olhar repoisa.
Não ficam admirados com esta nova faceta que hoje aqui apresento? Lembram-se de há uns tempos atrás eu ter dito que gostava muito de aprender a escrever poesias? Ora aí está. Para principiar foi o que consegui. Tenho andado a ler muito e acho que agora é que vai. À margem de quaisquer academismos, aventuro-me numa estrutura informal a que está subjacente um pathos não isento de algum ethos.
É que eu preparo-me. Quando é para ler, leio mesmo. Não faço como um senhor, que deu há dias na televisão e que eu conheço não sei bem de onde, que tem resmas e resmas de livros a encherem estantes e mais estantes que atafulham andares e mais andares em casas e mais casas que até me estava a dar aflição como é que o senhor, que já deve ter uma abada de anos, anda ali sobe-escada-desce-escada a ver se estão lá os livros todos que nunca teve tempo de ler coitado e que bem se aborreceu de ler alguns e por isso não passou da página cinco. E parece que até nem gostou porque esses foram os livros que ele guardou numa gaveta que não diz onde é que está. E faz ele muito bem que estes repórteres são uma praga e ainda eram capazes de dar com a gaveta e alguém depois tirar de lá aquilo que o senhor teve tanto trabalho a esconder só porque ele achava que se não fosse assim nunca poderia ter tido tantas casas com tantos andares para guardar tantas estantes carregadinhas de resmas de livros que ele afinal sobe-escada-desce-escada ainda não teve tempo de ler. O destino às vezes é bem cruel!
Nota: foi difícil que a gaivota ficasse na foto, mas pronto, dá para perceber, não é?
27 comentários:
Há D. Tela a Sra tem um geitinho para nos comentar... não dá para se estender um pouco mais... é que gosto da sua forma tão graciosa de pa lavrar....
+ beijos de nuvens
Olá....
Essa é a música que atrai as gaivotas?
Re poisa a mar e s i a na bran"c"ura do olhar...
varandas de branco céu de nuvens com asas abertas de gaivotas...
beijinhos das nuvens
Minha amiga,
e principia muito bem, sim senhor, assim poisada (com os olhos, claro está!!) na gaivota que voou :) e num senhor que sobe e desce gavetas escondidas à parte dos livros que nunca leu, ameaçado ainda pr cima por um pathos de patilhas brancas e por um ethos que tudo indica, trabalha na remax, percebi perfeitamente, vende casas, sim percebi, andares que o outro colecciona, nas prateleiras. Ou será que já me troquei toda dentro da sua escrita pujante? :)
Apresento-lhe como sempre as minhas cordiais saudações e os meus mais sinceros respeitos pela descoberta desta sua nova faceta, a meu ver de largo espectro :)
É bom alimentar o ethos...
Abraço
gostei de VER a gaivota na
foto
e nos seus
olhos :)
~
Donatela,
você é demaisssss :))))!!!!
e que "pusia" :)!!!
vá em frente!!
beijocassssss
vovó Maria
Dona Tela,
Uma gaivota imaginária permite-nos dar largas ao nosso lado criativo, o que é óptimo.
Continue a explorar essa vontade de escrever poesia... ainda vai acabar por se surpreender!
Beijo e um sorriso com as cores do arco-íris :)))
Dona Tela
Acredito no esforço que tem feito, pois os resultados estão à vista. A poesia é linda...
Quanto ao senhor dos 5 minutos, perdão, das cinco páginas, coitado, já não sabe o que diz há tantos anos...
Ainda corro o risco de ir ao lançamento do seu livro, o que aliás farei com todo o gosto.
Boa semana, dona Tela
Realmente valeu a pena a espera, a cuidada preparação...
O texto do post, esse, está genial!
Abreijo
Foi a gaivota que trouxe a poesia nas asas...
Um beijo.
A gaivota faz-nos esperar... ela voa até ao próximo poema.
Um abraço e... cá esperamos.
d. tela, verifico que chegou de férias cheia de inspiração (hummm...isto traz água no bico!).
quanto à gaivota, não a consigo ver. apenas um quadradinho com um xis vermelho no meio. foi precaução sua,não fosse algum felino ceder à tentação de atacar a pobre ave? ou será problema do meu antiquíssimo computador?
E olhe que não 'tá nada mal, ná senhora!... Antes pelo contrário, tem muita promessa no seu escrever, pode crer!...
Seria bom se também lhe desse um jeitnho com a máquina fotográfica. Ou como o telemóvel, que 'tá mais a jeito! Pode ser que apanhe a malandra...
abraços!
Poisar num sorriso,
num 1º poema,
será uma gaivota
ou a folha é pequena?
Ó dna Tela
Aquilo é uma gaivota? Mais parece um falcão peregrino, nas serranias nortenhas, á procura da sua presa...e naquele céu longínquo iria jurar que estão as nuvens da f@...
Quanto aos livros eu até compreendo esse tal senhor.Se eu pudesse comprava todos os livros do mundo...sempre com aquela ilusão de que conseguirei arranjar tempo para os ler ...será que um dia os poderei levar comigo? Quando for de viagem...para a outra margem...
*
fazer poemas ?
é arquitectar
palavras sentidas
vividas
quem as não tem ?
e . . .
quando não ficam bem ?
teimas, teimas e teimas . . .
,
conchinhas,
,
*
GAIVOTA OU ALBATROZ
SEJA COMO FOR TEM ASAS
Diz muito bem acerca desse cavalheiro que (diria eu... porque sei) que, para a maior parte nem chega à pág 5...
Será isto o despontar do "impressionismo" do séc. XXI?
É que é verdadeiramente novo e impressionante o uso da tela para para expressão de tal arte.
Aguardo, ansiosamente, novas "pinceladas".
É a primeira vez que visito o seu blog, mas as gaivotas tranportam-nos sempre para locais onde pretendemos ir e estar ou ficar.
Vou voltar.
Beijinhos
Deliciosa a tua prosa, Donatela! E da poesia, nem digo nada...As leituras estão mesmo a resultar!
Olá
Prazer em conhecer!
Gostei de ler e de ver!
Espero sua visita
Na minha casita.
Beijos estrelados
E não há mais? :)
Dona Tela, gosto da sua nova faceta. Promete!
Eu cá gosto mais de alimentar os pathos ...
mas uns borrachinhos não musculados, ou seja tenrinhos, também marchavam.
Costumo dizer "tudo é permitido, desde que não seja no meu quintal"
Eu já estou à nora (e à sogra) com tanta faceta facécia que a senhora amostra.
E agora que lhe conheço os vôos...
Quanto ao senhor sobe e desce, não me diga que está a falar daquele que só dorme 5 horas e se prepara para presidente à la longue! O que começou com as cabeçadas a Cabeceiras, é ele, não é?
Um abraço assaloiado!
Ah...não sabia que a senhora usava de "moderação"... faz muito bem, que no meio termo é que está a virtude! Comigo nã precisa de se preocupar, a estrada é em frente e sem portages.
Eheheheheh. Não, não é fácil ter graça. É mais difícil do que apanhar uma gaivota. Boa onda!!! ;-)
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