segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A minha rua

Não terá sido lá muito boa ideia fotografar um pedacito da minha rua com este tempo invernoso-pegajoso. Mas é que o fim de semana não deu para grandes passeatas. Quando ia a sair de casa, bati a chapa para os senhores verem a melhor curvatura da dita rua. Lá ao fundo, muito ao fundo, à direita, por detrás do nevoeiro, ficam um centro comercial e dois hiper-mercados. É o que me vale. Passo lá muito boas horitas a ver montras. E, volta não volta, pego um cineminha. Gosto de filmes de amor, claro, e também, só aqui para nós, de terror, com uns fantasmas fatelas e reincarnações e vampiros malvados e irresistíveis. Para estes não posso contar com a companhia da Susana que diz "és doida, eu não quero ter pesadelos". Ora, ora... A gente pensa "isto é só fita, isto é só fita" e quando o fime acaba até achamos que os monstrozinhos do dia a dia são assim mais insignificantes. Enfim, diversas abordagens de um tema candente na actual panorâmica meta-psico-endócrina das classes pequeno-burguesas.
Nunca fui a um out-let. Parece que em Alcochete há um muito importante. Gostava de ir antes que fechem todos. Que isto agora é só fechar. Desde o mini-mercado do Toino Melancia até ao Banco... Perdão, esse ainda não que foi intervencionado e levou uma injecção de capital. Eu estou a falar do que oiço por aí, mas não faço a mínima ideia do que é que quer dizer. Até porque de injecções gosto pouco de falar que já levei a minha dose. A última foi a da vizinha que me apareceu cá em casa a contar a história do marido que agora chega sempre tarde, tão tarde que às vezes ainda é cedo para pegar ao serviço. E o que é que eu tenho a ver com isso? Sou polícia? Tenho algum consultório de trabalhos contra olho gordo? Só me saem duques! Tenham dó!!

25 comentários:

Maria disse...

Dona Tela, boa tarde.
A sua rua, dona tela, tem o mesmo aspecto que a minha, nestes dias de inverno embaciados. Só não tenho ali à curva o centro comercial, senão nunca me apanhavam aqui a navegar a esta hora, estaria com certeza por lá a ver montras. Sim, que a crise só dá para ver montras...
A sua escrita está a "aguçar", dona tela. Eu gosto, mas pode haver por aí quem não goste e parece que quem falar em Alcochete, seja por que motivo for, fica registado nem sei bem onde...
Gostei de a ler, como sempre. E venham mais posts assim...

Obrigada e um grande abraço

mariam [Maria Martins] disse...

Dona Tela

oh! Deus me perdoe, mas este seu nome é demais! (é um"raça duma coisa que sempre que o escreve me vem à "memória" um dos tartarugas ninja do meu filho quando era pequeno o Donatello ) desculpe mas teve que ser... não leve a mal!

gostei muito do post! nem faz ideia quanto (um dia vou-lhe contar, não ainda...)

a fotografia, está digna de filme... desses... ou "suspense" talvez...
lê-la é fantástico!

ainda bem que gostou da neve, aquela era na serra do Moral, na Beira Baixa... e, sou albicastrense!

boa semana
um abraço e o meu sorriso :)
mariam

f@ disse...

Ai nunca lá foi a Alcochete nem vá para essas bandas agora ... que só falta mesmo vigiar a sola dos sapatos dos visitantes... mas não se preocupe D. Tela que o Sr 1º ministro trata disso num instante... nem sei se é bom falar disso nos blogs ainda nos entra um virus que nos faz explodir os PC....e depois temos que pedir um Magalhães.. e se ainda houver algum...

Beijinhos das nuvens

Greenie disse...

Vim aqui parar por acaso, mas gostei do que li. Vou voltar.
Um blog bem disposto, sim senhora! :)

Anônimo disse...

Dona Tela:
A foto da sua rua tem um ar húmido... será do tempo chuvoso ou é da máquina fotográfica???
Não sei se já ouviu falar nas máquinas húmidas...Fazem excelentes fotos, às vezes até distorcem tanto a imagem (por causa da humidade intrínseca) que as pessoas mais sensíveis acham que é arte. E as outras, que concordam sempre com as mais espertas, também.
Coragem, não seja tímida neste campo e mostre-nos as suas artes de fotógrafa! Está muito na moda e rende bom dinheiro!!!
Força!
Adia

Rosa dos Ventos disse...

Se visses a minha rua numa manhã de nevoeiro pegajoso até choravas com pena de mim!
O que vale é que não tenho nenhuma vizinha a vir queixar-se do marido...
Também não pode ser tudo mau! :-))

Abraço

bettips disse...

Olhe donaTela, eu ando muito confuncia que esta treta de ir tudo para alcochete, allgarbe, alforno, aljube (pois só agora começou o ano judicial, veja lá!) já me está a cheirar mal. Pior que a esquina inquinada, mal cheirosa e nevoenta da sua rua, mai-la vizinha a dobrar o avental inútilmente enquanto a outra dobra o nylon rendado. E já que falo em mente, não minto se lhe disser que com a crise que vai por aí, os centros comerciales são o que há de mais quentinho neste estuporado país de pindéricos ou escaganifobéticos??? Tirando as pobres senhoras à porta das fábrica hermeticamente fechadas que essas ainda tem garra para fazer uma fogueirita: pena é não assarem lá os "frangos" que a gente adivinha terem batido asa para longe...
Etc. que hoje a minha esquina tem mais nevoeiro que a sua.
Fique-se com mais este duque meu!

vida de vidro disse...

Bem, da sua rua não fiquei a saber muito... maldito nevoeiro! Não vá a Alcochete por agora, dona tela. Deixe lá ver no que é que isto dá. Acusam-se todos uns aos outros, olhe, uma peixeirada... :)**

mena maya disse...

Telinha, olhe que em breve já pode ir ao Out-let pois vai ficar tudo free de novo!
A Comissão Europeia pôs tudo nos conformes..

Pegar um cineminha é sempre um prazer e só não gosto mesmo é dos horrorosos!
Para isso já me bastam os telejornais!

Tenho um irmão que nesses dias de nevoeiro cerrado fica sempre em sobressalto, pois anda há muito à espera de El-Rei...
enquanto ele não chega vai ter que se contentar com os duques e cenas tristes! Para lhe fazer ompanhia!

Fique bem Donatela, que eu vou curar esta constipação que não há meio de querer passar. Faz falta o solinho de Lisboa!

Atrevo-me a mandar-lhe um beijinho, porque os vírus aqui da net são outros...

A Lusitânia disse...

Dona Tela aproveite também os saldos do marido e não veja só as montras, leve a vizinha porque para isso também vai dar.

bettips disse...

E digo-lhe mais: não pense que me confusio!!! Foi o Confúcio, coitado um chinês cheio de fleuma, ainda a.c. e de Sócrates - o filósofo - que disse e é bem verdade:
"Mil dias não bastam para aprender o bem; mas para aprender o mal, uma hora é demais."
Não acha esta definição de televisão, num tempo "tão antanho", duma pertinência digna de qualquer alto (ou baixo) deputado do povo? Sim, esses do mao: cá por mim confundiram o senhor que filosofava e agora toca de lhe pespegar palavras como barretes, se mandou ofício, se fez o servicio...sei lá! Retiremo-nos do ofício que vai alta a hora H.
Pespego-lhe um beijinho, dona Vitória.

Graça Pires disse...

As manhãs de nevoeiro tornam todas as ruas mais ou menos iguais... O resto, é resto... Um beijo, amiga.

Conversa Inútil de Roderick disse...

Às vezes é bom ouvir os outros. Podemos não ter grande paciência, mas amanhã podemos precisar que nos ouçam, também!

Arábica disse...

Oh Telinha quer uma dica a valer, daquelas de amiga para amiga?

quado for a Alcochete não perca muito tempo nas compras...vá antes visitar todas aquelas igrejas, aproveite para ir até ao fundo do cais e tirar umas belas fotos dos barquinhos a ondularem na maré doce do fim do dia, depois, ali naquelas ruelazinhas perto da beira rio, escolha uma das casas de petiscos e delicie-se com umas belas de umas ameijoas...ou com uns linguaditos fritos ou ainda com uma outra coisa qualquer...

Também pode ir visitar o Aposento do Barrete Verde se gostar de tradições...

Ou quem sabe? escrever uma poesia sentada no miradouro ou aos pés do D.Manuel...

Um beijinho desta sua seguidora amiga :)

Manuel Veiga disse...

filmes de terror, minha amiga, é o que está a dar...

já reparou que "outlet" rima com omelete? que alguém come, naturalmente...

beijinhos.

Justine disse...

Senhora Dona Tela, foi uma pena aquele nevoeiro porque não há nada que chegue a uma boa fotografia de um centro comercial, sob o ponto de vista artístico, claro. Prometa-me que tentará de novo num dia mais límpido, esperemos que eu ainda esteja viva quando esse dia vier.
E quanto aos filmes, eu cá também só vou ver desses, ajuda-nos a equacionar as prioridades quotidianas e a desvalorizar o empolamento que a comnunicação social está artificialmente a atribuir a factos insignificantes, não é???
Um beijinho :))

M. disse...

A sua rua tem nevoeiro, amiga Tela? Olhe que não é só aí que ele se instalou. Poisou no país inteiro e andam muitos a tropeçar uns nos outros.

luis lourenço disse...

Telinha!

risos...delicioso o teu humor...agora com o outlet deixas-te em suspenso...belas chapas que bateste...invejável a tua máquina fotográfica...mas vê se agasalhas bem,não vá ela constipar-se com este frio e chuvada.

bjinho

véu de maya

prafrente disse...

Dna Tela quando,aí ao dobrar da esquina, encontrar alguns raios de sol mande-os para a minha zona.Não são para mim, são para secar a minha roupa...

Quanto ás novelas "Freeportianas, os meios de comunicaçao social só nos mostram aquilo que nós gostamos de ver.E a nós, de uma maneira geral e salvaguardando as excepções, interessa-nos tudo menos cultura, cidadania,desenvolvimento intelectual,solidariedade social...

Bom fim de semana

~pi disse...

lindo e poético!

bela composição - seguramente tem a ver com a polivalência!! :)




beijo





~

José Faria disse...

Olá Dona Tela.
Peço desculpa pela demora.
É que com o nevoeiro, foi-me difícil descurtinar qual o caminho a seguir.
Até porque a senhora aparece só "metade; o carro, só a frente, a rua um pedacito.
E pronto fiquei ali meio "fora de sítio" a olhar para as placas sem saber se deveria seguir a rua até ao Centro de Saúde, se seguir na direcção da frente do carro até Lisboa ou Sintra.
Depois até pensei voltar para trás e seguir as setas até Torres Vedras ou ericeira.
Por isso só agora é que lhe bati à porta.
Beojos senhora e saúde.

Manuel Veiga disse...

Dona Tela,

saiu-lhe "um duque". lá no "relogiodepêndulo"...

beijinho

Alberto Oliveira disse...

... mas se agora até já ensinam às criancinhas na escolas essas modernices. Diz a professora "Quando um dos meninos quiser ir ao out-let, basta pôr o dedo no ar."

Fiquei feliz quando (ao aumentar a imagem) a placa de sinalização informava que o caminho para a capital é sempre para cima. Em direcção ao céu. Eu cá tinha as minhas suspeitas que sim.


Cumprimentos.

São disse...

Gostei da foto, mas de filmes de terror? Já me bastam os out-lets e afins, rrrss

Boa semana.

poetaeusou . . . disse...

*
ai,
que me esqueci dos saldos,
,
*****