
Não terá sido lá muito boa ideia fotografar um pedacito da minha rua com este tempo invernoso-pegajoso. Mas é que o fim de semana não deu para grandes passeatas. Quando ia a sair de casa, bati a chapa para os senhores verem a melhor curvatura da dita rua. Lá ao fundo, muito ao fundo, à direita, por detrás do nevoeiro, ficam um centro comercial e dois hiper-mercados. É o que me vale. Passo lá muito boas horitas a ver montras. E, volta não volta, pego um cineminha. Gosto de filmes de amor, claro, e também, só aqui para nós, de terror, com uns fantasmas fatelas e reincarnações e vampiros malvados e irresistíveis. Para estes não posso contar com a companhia da Susana que diz "és doida, eu não quero ter pesadelos". Ora, ora... A gente pensa "isto é só fita, isto é só fita" e quando o fime acaba até achamos que os monstrozinhos do dia a dia são assim mais insignificantes. Enfim,
diversas abordagens de um tema candente na actual panorâmica meta-psico-endócrina das classes pequeno-burguesas. Nunca fui a um out-let. Parece que em Alcochete há um muito importante. Gostava de ir antes que fechem todos. Que isto agora é só fechar. Desde o mini-mercado do Toino Melancia até ao Banco... Perdão, esse ainda não que foi intervencionado e levou uma injecção de capital. Eu estou a falar do que oiço por aí, mas não faço a mínima ideia do que é que quer dizer. Até porque de injecções gosto pouco de falar que já levei a minha dose. A última foi a da vizinha que me apareceu cá em casa a contar a história do marido que agora chega sempre tarde, tão tarde que às vezes ainda é cedo para pegar ao serviço. E o que é que eu tenho a ver com isso? Sou polícia? Tenho algum consultório de trabalhos contra olho gordo? Só me saem duques! Tenham dó!!
25 comentários:
Dona Tela, boa tarde.
A sua rua, dona tela, tem o mesmo aspecto que a minha, nestes dias de inverno embaciados. Só não tenho ali à curva o centro comercial, senão nunca me apanhavam aqui a navegar a esta hora, estaria com certeza por lá a ver montras. Sim, que a crise só dá para ver montras...
A sua escrita está a "aguçar", dona tela. Eu gosto, mas pode haver por aí quem não goste e parece que quem falar em Alcochete, seja por que motivo for, fica registado nem sei bem onde...
Gostei de a ler, como sempre. E venham mais posts assim...
Obrigada e um grande abraço
Dona Tela
oh! Deus me perdoe, mas este seu nome é demais! (é um"raça duma coisa que sempre que o escreve me vem à "memória" um dos tartarugas ninja do meu filho quando era pequeno o Donatello ) desculpe mas teve que ser... não leve a mal!
gostei muito do post! nem faz ideia quanto (um dia vou-lhe contar, não ainda...)
a fotografia, está digna de filme... desses... ou "suspense" talvez...
lê-la é fantástico!
ainda bem que gostou da neve, aquela era na serra do Moral, na Beira Baixa... e, sou albicastrense!
boa semana
um abraço e o meu sorriso :)
mariam
Ai nunca lá foi a Alcochete nem vá para essas bandas agora ... que só falta mesmo vigiar a sola dos sapatos dos visitantes... mas não se preocupe D. Tela que o Sr 1º ministro trata disso num instante... nem sei se é bom falar disso nos blogs ainda nos entra um virus que nos faz explodir os PC....e depois temos que pedir um Magalhães.. e se ainda houver algum...
Beijinhos das nuvens
Vim aqui parar por acaso, mas gostei do que li. Vou voltar.
Um blog bem disposto, sim senhora! :)
Dona Tela:
A foto da sua rua tem um ar húmido... será do tempo chuvoso ou é da máquina fotográfica???
Não sei se já ouviu falar nas máquinas húmidas...Fazem excelentes fotos, às vezes até distorcem tanto a imagem (por causa da humidade intrínseca) que as pessoas mais sensíveis acham que é arte. E as outras, que concordam sempre com as mais espertas, também.
Coragem, não seja tímida neste campo e mostre-nos as suas artes de fotógrafa! Está muito na moda e rende bom dinheiro!!!
Força!
Adia
Se visses a minha rua numa manhã de nevoeiro pegajoso até choravas com pena de mim!
O que vale é que não tenho nenhuma vizinha a vir queixar-se do marido...
Também não pode ser tudo mau! :-))
Abraço
Olhe donaTela, eu ando muito confuncia que esta treta de ir tudo para alcochete, allgarbe, alforno, aljube (pois só agora começou o ano judicial, veja lá!) já me está a cheirar mal. Pior que a esquina inquinada, mal cheirosa e nevoenta da sua rua, mai-la vizinha a dobrar o avental inútilmente enquanto a outra dobra o nylon rendado. E já que falo em mente, não minto se lhe disser que com a crise que vai por aí, os centros comerciales são o que há de mais quentinho neste estuporado país de pindéricos ou escaganifobéticos??? Tirando as pobres senhoras à porta das fábrica hermeticamente fechadas que essas ainda tem garra para fazer uma fogueirita: pena é não assarem lá os "frangos" que a gente adivinha terem batido asa para longe...
Etc. que hoje a minha esquina tem mais nevoeiro que a sua.
Fique-se com mais este duque meu!
Bem, da sua rua não fiquei a saber muito... maldito nevoeiro! Não vá a Alcochete por agora, dona tela. Deixe lá ver no que é que isto dá. Acusam-se todos uns aos outros, olhe, uma peixeirada... :)**
Telinha, olhe que em breve já pode ir ao Out-let pois vai ficar tudo free de novo!
A Comissão Europeia pôs tudo nos conformes..
Pegar um cineminha é sempre um prazer e só não gosto mesmo é dos horrorosos!
Para isso já me bastam os telejornais!
Tenho um irmão que nesses dias de nevoeiro cerrado fica sempre em sobressalto, pois anda há muito à espera de El-Rei...
enquanto ele não chega vai ter que se contentar com os duques e cenas tristes! Para lhe fazer ompanhia!
Fique bem Donatela, que eu vou curar esta constipação que não há meio de querer passar. Faz falta o solinho de Lisboa!
Atrevo-me a mandar-lhe um beijinho, porque os vírus aqui da net são outros...
Dona Tela aproveite também os saldos do marido e não veja só as montras, leve a vizinha porque para isso também vai dar.
E digo-lhe mais: não pense que me confusio!!! Foi o Confúcio, coitado um chinês cheio de fleuma, ainda a.c. e de Sócrates - o filósofo - que disse e é bem verdade:
"Mil dias não bastam para aprender o bem; mas para aprender o mal, uma hora é demais."
Não acha esta definição de televisão, num tempo "tão antanho", duma pertinência digna de qualquer alto (ou baixo) deputado do povo? Sim, esses do mao: cá por mim confundiram o senhor que filosofava e agora toca de lhe pespegar palavras como barretes, se mandou ofício, se fez o servicio...sei lá! Retiremo-nos do ofício que vai alta a hora H.
Pespego-lhe um beijinho, dona Vitória.
As manhãs de nevoeiro tornam todas as ruas mais ou menos iguais... O resto, é resto... Um beijo, amiga.
Às vezes é bom ouvir os outros. Podemos não ter grande paciência, mas amanhã podemos precisar que nos ouçam, também!
Oh Telinha quer uma dica a valer, daquelas de amiga para amiga?
quado for a Alcochete não perca muito tempo nas compras...vá antes visitar todas aquelas igrejas, aproveite para ir até ao fundo do cais e tirar umas belas fotos dos barquinhos a ondularem na maré doce do fim do dia, depois, ali naquelas ruelazinhas perto da beira rio, escolha uma das casas de petiscos e delicie-se com umas belas de umas ameijoas...ou com uns linguaditos fritos ou ainda com uma outra coisa qualquer...
Também pode ir visitar o Aposento do Barrete Verde se gostar de tradições...
Ou quem sabe? escrever uma poesia sentada no miradouro ou aos pés do D.Manuel...
Um beijinho desta sua seguidora amiga :)
filmes de terror, minha amiga, é o que está a dar...
já reparou que "outlet" rima com omelete? que alguém come, naturalmente...
beijinhos.
Senhora Dona Tela, foi uma pena aquele nevoeiro porque não há nada que chegue a uma boa fotografia de um centro comercial, sob o ponto de vista artístico, claro. Prometa-me que tentará de novo num dia mais límpido, esperemos que eu ainda esteja viva quando esse dia vier.
E quanto aos filmes, eu cá também só vou ver desses, ajuda-nos a equacionar as prioridades quotidianas e a desvalorizar o empolamento que a comnunicação social está artificialmente a atribuir a factos insignificantes, não é???
Um beijinho :))
A sua rua tem nevoeiro, amiga Tela? Olhe que não é só aí que ele se instalou. Poisou no país inteiro e andam muitos a tropeçar uns nos outros.
Telinha!
risos...delicioso o teu humor...agora com o outlet deixas-te em suspenso...belas chapas que bateste...invejável a tua máquina fotográfica...mas vê se agasalhas bem,não vá ela constipar-se com este frio e chuvada.
bjinho
véu de maya
Dna Tela quando,aí ao dobrar da esquina, encontrar alguns raios de sol mande-os para a minha zona.Não são para mim, são para secar a minha roupa...
Quanto ás novelas "Freeportianas, os meios de comunicaçao social só nos mostram aquilo que nós gostamos de ver.E a nós, de uma maneira geral e salvaguardando as excepções, interessa-nos tudo menos cultura, cidadania,desenvolvimento intelectual,solidariedade social...
Bom fim de semana
lindo e poético!
bela composição - seguramente tem a ver com a polivalência!! :)
beijo
~
Olá Dona Tela.
Peço desculpa pela demora.
É que com o nevoeiro, foi-me difícil descurtinar qual o caminho a seguir.
Até porque a senhora aparece só "metade; o carro, só a frente, a rua um pedacito.
E pronto fiquei ali meio "fora de sítio" a olhar para as placas sem saber se deveria seguir a rua até ao Centro de Saúde, se seguir na direcção da frente do carro até Lisboa ou Sintra.
Depois até pensei voltar para trás e seguir as setas até Torres Vedras ou ericeira.
Por isso só agora é que lhe bati à porta.
Beojos senhora e saúde.
Dona Tela,
saiu-lhe "um duque". lá no "relogiodepêndulo"...
beijinho
... mas se agora até já ensinam às criancinhas na escolas essas modernices. Diz a professora "Quando um dos meninos quiser ir ao out-let, basta pôr o dedo no ar."
Fiquei feliz quando (ao aumentar a imagem) a placa de sinalização informava que o caminho para a capital é sempre para cima. Em direcção ao céu. Eu cá tinha as minhas suspeitas que sim.
Cumprimentos.
Gostei da foto, mas de filmes de terror? Já me bastam os out-lets e afins, rrrss
Boa semana.
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ai,
que me esqueci dos saldos,
,
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