Cheguei!!

A minha recepção teve banda e tudo...

Ei-la de volta! Ainda meio zonza das muitas horas de avião que é um meio de transporte que ela detesta. Mas o que tem de ser... Venho com uns quilitos a menos, mas isso até é bom que os pneus são coisas que nenhuma mulher quer. E então no tempo de praia. Uma pessoa sente-se uma anormal ao pé daquelas elegantonas com tudo no lugar próprio (por enquanto, lindas, por enquanto...). Se eu tivesse um nadinha mais de força de vontade bem podia meter-me a fazer dessas alimentações herbáceas, com baixo teor de hidratos de carbono, bífidos activos e outros princípios de superbaixo valor calórico, tudo com vista ao funcionamento regular e saudável do meu trato intestinal. Mas não estou a ver a Tela a roer cenouras e a pôr de lado as brutas caracoladas à tardinha na esplanada do Toni da Zefa.

Lamento e peço desculpa, mas não vou revelar o que se passou por lá. Já calculavam, não? É que estas minhas estadias lá são assim como que um processo judicial que se arrasta misteriosamente ao longo do ano. Diz que vou, diz que não vou, ele há quem jure que sim, ele há quem prometa que não, ele fazem-se apostas, ele ai Jesus que ela não sabe o que faz, ele se fosse eu fazia o mesmo, e muitos a verdade há-de vir à tona, e muitos eles estão feitos uns com os outros, e assim... No fim das contas, fica tudo na mesma que não passou de fita e o melhor é arquivar. Ora é o que eu faço. ARQUIVO! Façam de conta que não aconteceu nada e até a um próximo episódio.

E como vão as coisas por cá? Só passei os olhos pelos títulos dos jornais, mas não percebi grande coisa. A gasolina sobe ou desce? O desemprego sobe ou desce? Ou é tudo uma questão de sabermos encarar a situação com confiança, determinação e pragmatismo? A minha avó que Deus tem, que tinha cá um feitiozinho, costumava dizer: albarde-se o burro à vontade do dono. Mas ela nunca me disse qual era a vontade do burro, e se queria mesmo ser albardado, e se o burro era mesmo burro, e se o dono alguma vez tinha aprendido a albardar, e se o ditado não tinha sido mesmo inventado pelo dono, e se o mais triste não era ver o burro a repetir o que o dono queria. Ora vejam bem para o que me havia de dar. A Tela filósofa! IhIhIhIh!!!