Os meus tios da Suíça

Aos poucochinhos vou-lhes apresentando a minha família. Estes vivem um bocado longe. Na Suíça. São o meu tio Manuel (irmão do meu pai) e a tia Fabienne. Vivem no canton francês perto de Geneve, aquela cidade com muitas bandeiras e um repucho muito grande que eu só conheço, claro, das fotos que eles me mandam. O meu patrão é que vai lá muitas vezes e, a propósito, já o ouvi dizer que o seu rico dinheirinho não era para ladrões e que graças a Deus ainda há países decentes neste mundo. Estes meus tios estão lá vai para aí uns vinte e tal anos. Vêm cá todos os anos em Agosto e às vezes também pelo Natal. A tia Fabienne fala muito pouco português e isso é uma complicação que eu de francês népia. Também não percebo porque é que os suíços não hão-de falar inglês como toda a gente. Era muito mais prático. O meu tio é um grande cromo. Sempre na brincadeira. Esta foto é dum stand que eles tiveram num salon de hotelaria muito afamado. Venderam resmas de panquecas. Tinham música da Ana Malhoa sempre a tocar e o meu tio acompanhava o ritmo dando à perna. Eles trabalham os dois num hotel que se chama Sulezetual. Não juro que se escreva assim, mas a transcrição fonética parece demonstrar fiabilidade de acordo com os parâmetros do actual modelo.

Já há uns tempos que penso em dar o fora e ir também para a Suíça. Não sei, não. Como as coisas andam por cá, tudo pode acontecer. Ainda um dia eu apareço num salon vestida de noiva minhota a vender arrecadas de plástico pós-modernas. Mal é eu começar com ideias...

Nota: O show televisivo foi um barrete, uma seca, uma treta, uma xatice do tamanho dos julgamentos dos crimes económicos, uma canseira que ainda tenho um ombro desconjuntado. E não conto mais nada. ME DESCULPEM, MINHA GENTE!!